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O Que Meu Olhos Puderam Ver



Em Julho de 2018 eu participei de um projeto missionário com o objetivo de alcançar e ajudar vidas em Maputo, Moçambique.

Essa foi uma viagem que me marcou de uma maneira absurda e sei que isso se estende a todos que participaram desse projeto.



Lá pude ver e conhecer uma cultura completamente diferente da que estamos acostumados por aqui e a nossa adaptação a esse ambiente foi complicada em vários momentos.

Temos pontos negativos como em todos os lugares. Muitas crianças em situação de rua, muitas famílias desamparadas, há falta de saneamento básico e alimento. Algo que eu nunca havia presenciado nesse nível antes.

Há na cidade de Maputo pelo menos 30 dialetos diferentes que são (mais ou menos) separados por bairro. Algo que é frequente por lá é, em um casamento, o homem falar um dialeto e a mulher outro e a comunicação entre eles ser falha ou até inexistente.

A cultura adula o homem, o sexo com meninas virgens é considerado cura para doenças sexualmente transmissíveis, os albinos sofrem preconceito e são caçados e usados para formulação de poções em rituais feitos por curandeiros para trazer riqueza.



Muito da cultura que vimos nos assustou de modo negativo. Mas há também partes positivas que nos influenciaram a olhar para as nossas próprias vidas de uma maneira diferente, por exemplo: a gratidão em todos os momentos, mesmo em meio a tanta desgraça; a forma como cuidam uns dos outros, até mesmo sem se conhecerem; o compartilhar constante daquilo que recebiam; a atenção em tudo o que trazíamos de conhecimento teórico e prático; etc.

Foram muitos aprendizados em um curto tempo de serviço e como consequência, hoje, nos restou a saudade de um povo tão especial.



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